sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quais os novos clássicos do cinema brasileiro?



Estou criando um cineclube e para dar início às atividades, além de um circuito de cinema francês, começaremos com uma mostra dos novos clássicos do cinema nacional, filmes produzidos após 1994 com a tal "retomada" do cinema.
Queremos evitar filmes populares e/ou facilmente encontrado nas locadoras como por exemplo "Cidade de Deus" "O Auto da Compadecida", "Divã" e afins...

Já estão na lista: Lavoura Arcaica, O Céu de Suely, Madame Satã, Serras da Desordem e Edifício Master. Mas todos esses foram feitos nos anos 2000, queremos ir mais a fundo na seleção.
Deixe sua indicação nos comentários

Carlos Reichenbach pra quem mora em Sampa



Na próxima quarta-feira, 5 de maio, a Sessão do Comodoro exibe ‘O túmulo do sol’ (1960), do diretor Nagisa Oshima, um dos mais influentes diretores do cinema oriental, europeu e até mesmo de cineastas brasileiros. A sessão começa às 21h30, no CineSESC com apresentação do cineasta Carlos Reichenbach.
Gravado em Osaka, no Japão, o filme traz a história de um colegial assassinado ao pôr-do-sol, no meio das ruínas de prédios bombardeados durante a guerra. O filme aborda a delinquência juvenil nas ruas mais marginais de um bairro miserável.
As senhas gratuitas estarão disponíveis a partir das 20h30 na bilheteria do cinema.
CineSesc
Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César
Informações 11 3087-0500

terça-feira, 27 de abril de 2010

Teaser- trailer

Meu amigo Brian Hagemann ganhou o edital municipal para produzir um vídeo, e aqui está o teaser de "Sábado que vem"

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Então... Chico Xavier



Não posso julgar mal a escolha de Daniel Filho em fazer um filme para o público de massa, querer levar um grande público ao cinema não é ruim, muito pelo contrário.

Fico feliz em ver filas nas salas de cinemas e sessões esgotadas para ver um filme produzido no Brasil retratando a vida de um ser humano símbolo de uma doutrina misteriosa. Daniel Filho seria digno de verdadeiros aplausos meus se conseguisse transmitir esse mistério através de imagens e ainda mantendo o público.

Mas que público de massa é esse? Pessoas de baixo nível cultural, que assistem muita televisão e estão condicionadas a essa forma narrativa. E é para este público que Daniel Filho fez o filme.

Nunca tinha percebido a forma de um filme refletir a mentalidade de um povo até ver "Chico Xavier", conclui que o filme é débil porque o público de massa é débil.

domingo, 25 de abril de 2010

Meu amigo Bruno Barreto




Seus filmes favoritos são "Bossa Nova", "Última Parada 174" e "O Casamento de Romeu e Julieta"?

Então você não pode perder essa chançe de se encontrar com seu ídolo Bruno Barreto, da família Barreto!
Ele se apresentará às 20h do dia 29 no Espaço de Cultura Contemporânea Escola São Paulo, o ingresso custa 160 reais e você pode parcelar em 2 vezes sem juros.

Para mais informações clique aqui

A Escola São Paulo fica na Rua Augusta, 2239. Telefone (11) 3060-3636

Eu não gosto dos filmes do Bruno Barreto, mas sinto um pouco de inveja dele porque fez o 1° longa aos 17 anos e dirigiu um dos maiores sucessos de público do cinema nacional aos 20 e poucos. E até hoje eu ainda não fiz nada.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estréia hoje "Utopia e Barbárie"


Estréia hoje, 23/04 

“Utopia e Barbárie” é o novo documentário em longa-metragem do cineasta Silvio Tendler. Silvio trabalhou durante dezenove anos na elaboração deste filme. Durante estes anos fez uma minuciosa pesquisa; entrevistou filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores e economistas e viajou o mundo para entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a Utopia e a Barbárie.
O filme é um road movie histórico: para reconstruir o mundo a partir da II Guerra Mundial, passa pela Itália, EUA, Brasil, Vietnam, Cuba, Uruguai, Chile, entre outros países. Em cada um desses lugares, documenta os protagonistas da história. Tão importante quanto o tema é o olhar do autor. Este olhar foi se construindo a partir da elaboração do filme.
Por isso, buscou a reconstrução da história de maneira não partidarizada. Ouviu diferentes personagens com abordagens distintas. Juntos compõem um rico painel de nossa época.
O filme é narrado por Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad e a trilha sonora foi especialmente composta pelo grupo Cabruêra, Caíque Botkay, BNegão e Marcelo Yuka.



A produção do filme está distribuindo kits e ingressos promocionais nas redes sociais
Orkut
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Site Oficial http://www.utopiaebarbarie.com.br/

Clique aqui para saber onde está passando

Curso de Fotografia e Audiovisual por 30R$

O Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, abre inscrições para dois cursos de difusão cultural até 4 de maio.

O primeiro deles é Fotografia: forma e conteúdo, que acontecerá todas as terças-feiras de 11 de maio a 22 de junho. O curso pretende promover experiências com as técnicas fotográficas e reflexões sobra a linguagem fotográfica.

Já as aulas de Produção Executiva para o Audiovisual acontecem às segundas-feiras, entre 10 de maio e 28 de junho. Seu objetivo é explicar as diferentes etapas de criação audiovisual e debater as tecnologias utilizadas.

Interessou? Então preencha a ficha de inscrição no site do museu e envie para o fax (11) 2273-4390 ou email acadmp@usp.br, junto ao comprovante de depósito bancário (no valor de R$30,00).

O Museu Paulista fica no Parque da Independência, s/nº, Ipiranga, São Paulo – Tel: (11) 2065-8075

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Clássicos e Raros na Cinemateca

A Cinemateca Brasileira volta a firmar parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil para apresentar a segunda edição da mostra CLÁSSICOS & RAROS DO NOSSO CINEMA. Realizada pela primeira vez em dezembro de 2007 e janeiro de 2008, em São Paulo, a mostra reúne desde os recordistas de bilheteria ao cinema de invenção, passando por filmes populares - comédias eróticas, filmes de terror, policiais e faroestes - muitos dos quais não encontram as telas desde a época de seus lançamentos. A maioria dos filmes programados será exibida em cópias novas especialmente confeccionadas para a mostra.

Dentre as raridades da segunda edição, destacam-se Preço de um desejo (1952), melodrama criminal dirigido por Aloisio T. de Carvalho, E a paz volta a reinar (1955), de Yoshisuke Sato, filme que joga luz sobre um capítulo obscuro da história da colônia japonesa no Brasil, Juventude sem amanhã (1959), de Elzevir Pereira da Silva e João Cézar Galvão, um retrato das práticas criminosas da chamada juventude transviada em Copacabana, e É Simonal (1970), de Domingos Oliveira, insólita comédia musical embalada pelo sucesso do cantor Wilson Simonal nos anos 70.

A mostra contará ainda com uma série encontros com os cineastas e atores que assinam as produções escolhidas. O espectador terá a oportunidade de conversar com os cineastas Alex Prado, Aloisio T. de Carvalho, Carlos Reichenbach, Clery Cunha, Guilherme de Almeida Prado e Rodolfo Nanni, com as atrizes Helena Ignez e Patrícia Scalvi, e com os músicos Wilson Simoninha e Max de Castro.

Depois de São Paulo a mostra segue para o CCBB do Rio, de 11 a 30 de maio, e para o CCBB de Brasília, de 11 de maio a 6 de junho.

Programação Completa, clique aqui!


Clássicos:









Raros:

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cinema de Bordas


Entre os dias 21 e 25 de abril, o Itaú Cultural em São Paulo apresenta a segunda edição do Cinema de Bordas. Nada de grandes orçamentos ou efeitos especiais de tirar o fôlego. A mostra é o espaço das produções cinematográficas independentes realizadas em todo o Brasil. Improvisação reunida em histórias inusitadas, "às bordas" do cinema comercial ou artístico.

Com curadoria de Bernadette Lyra e Gelson Santana, a seleção de filmes do Cinema de Bordas se abastece, sobretudo, dos filmes policiais, de horror, ficção científica, kung fu, histórias em quadrinhos, faroeste, comédia e por aí vai. Seja nas grandes capitais, seja nas pequenas cidades do interior, o importante é fazer cinema.

Não deixe de conferir a programação completa e os trailers de alguns filmes. Compareça e surpreenda-se!


entrada franca - ingresso distribuído com meia hora de antecedência


Programação completa, clique aqui!


Trailers de algumas das produções exibidas:






Morgue Story (first trailer) from Paulo Biscaia Filho on Vimeo.



Curta "Chupa-Cabras" de Rodrigo Aragão (diretor do longa "Mangue Negro") também faz parte da mostra.



Brasil em Cannes 2010

Não houve nenhum filme brasileiro na competição do Festival de Cannes deste ano, mas há dois longas em mostras paralelas, são eles "Alegria" de Felipe Bragança e Marina Meliande (premiados no ano passado no Festival de Tiradentes com "A Fuga da Mulher Gorila") e a nova versão de "5 Vezes Favela", obra emblemática do Cinema Novo que foi re-escrita e dirigida pelo próprios moradores dessas áreas de pobreza do Rio de Janeiro, após seleção e oficinas profissionalizantes com Cacá Diegues, Fernando Meirelles, Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra entre outros. O filme será exibido numa sessão especial.


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mojica e a vagina purulenta



Acabei de escutar essa gravação de uma entrevista com José Mojica Marins onde ele revela qual foi a imagem cinematográfica que mais o assustou na vida.

Hoje na Tv


Hoje o Canal Brasil exibirá o longa "Encarnação do Demônio", filme lançado nos cinemas em 2008 que encerra a Trilogia do Zé do Caixão. Eu ainda não vi, mas pelo o que estão me falando é fantástico, onde o Zé do Caixão é solto da prisão após 40 anos e se depara com a atual vida cotidiana de violência da polícia e uso de drogas por menores. 

Pra quem ainda não viu nada da filmografia de José Mojica Marins (a Cinemagia lançou uma ótima coleção em dvd recheada de extras!) talvez não se divirta tanto com esse longa quanto os já familiarizados, pois ele está cheio de referências a outros trabalhos do cineasta, incluindo uma cena inteiramente refeita de  "A meia noite encarnarei o teu cadáver" que havia sido vetada e completamente destruída pela censura na época do lançamento, uma cena em que o Zé do Caixão mata um padre com um crucifixo. Imperdível pra quem tem tv a cabo, hoje às 22h com reprise no sábado também às 22h.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Enquete



Vejamos uma situação hipotética:

Há dois filmes em cartaz, "Um Sonho Possível", com a Sandra Bullock e "Rita Cadillac - A Lady do Povo", você só tem dinheiro para ver 1. Qual você assistiria?

Entrevista com Luís Bolognesi

Copiei e colei esta entrevista com Luís Bolognesi, o roteirista de "As melhores coisas do mundo" feita para o Blog Autores de Cinema. No começo há uma "rasgação de seda" dizendo que o trabalho de Luís é "um dos roteiros mais bem escritos do cinema brasileiro". Bem, ainda não ví o filme, então não posso dizer se há exageros ou não, mas de qualquer forma a entrevista é ótima, principalmente para quem tem interesse em roteiro para cinema.

Aproveite:




Bráulio Mantovani, Aleksei Abib e Thiago Dottori conversam com o escritor Luiz Bolognesi sobre o seu mais recente trabalho, dirigido por Laís Bodansky.


Bráulio Mantovani -  “As Melhores Coisas do Mundo” é um dos melhores filmes brasileiros da nossa chamada retomada. O filme tem tantas qualidades que fica até difícil enumerar todas. Atores adolescentes estreantes dão um show ao lado de atores consagrados (Denise Fraga, Caio Blat, Paulinho Vilhena) sem nenhuma desafinação. O elenco inteiro está em perfeito diapasão, o que é muito raro em filmes que fazem esse combinado. A trilha do Bid, a direção de arte do Cássio Amarante, a fotografia do Maurinho Pinheiro, a montagem do Dani Rezende – tudo funciona bem no filme. Laís Bodansky fez um trabalho primoroso, maduro, com muita energia e de impressionante eficiência.

Muito provavelmente, essa combinação de talentos funcionou maravilhosamente bem porque, no começo de tudo, havia um dos roteiros mais bem escritos do cinema brasileiro. Essa pelo menos é a minha opinião e eu faço questão de repeti-la: Luiz Bolognesi escreveu um dos melhores roteiros da cinematografia brasileira.

Quem não trabalha com cinema talvez não perceba as dificuldades que Bolognesi certamente enfrentou na escrita desse roteiro. A história é aparentemente simples, cotidiana, sem pretensões de explicar ao mundo o que é adolescência da classe média brasileira. Em outras palavras, não é um roteiro de tese. É um roteiro que conta uma história com extrema competência e enorme sensibilidade. Faz rir, chorar e pega pesado quando tem que pegar.

Não posso entrar em minúcias para não estragar as surpresas do filme. Posso dizer, entretanto, que possivelmente a maior qualidade do roteiro está na abordagem rigorosa do ponto de vista da narrativa.

O foco narrativo (ou ponto de vista) é um elemento fundamental na composição de um roteiro. Na minha experiência, é também o elemento menos compreendido pelos diretores de cinema. Os diretores participam intensamente na elaboração do roteiro (tanto que muitos não resistem a dividir o crédito com o escritor sem ter escrito sequer uma linha). Em princípio, essa colaboração é desejável. Na prática, porém, ela costuma ser problemática por uma série de razões. Entre elas, o foco narrativo.

Diretores tendem a ignorar os princípios da composição dramatúrgica, fazendo os personagens agirem de maneira conveniente e, não raras vezes, incoerente. O escritor, ao contrário, tenta respeitar os personagens, deixando que eles lhe mostrem o caminho que a história deve seguir. Bolognesi soube ouvir seus personagens como só os mestres sabem.

Um bom roteiro tem sempre um centro de gravidade, poderoso o suficiente para fazer com que todos os outros elementos de composição da narrativa orbitem em torno dele. Esse princípio vale tanto para a chamada narrativa clássica como para os filmes multiplot ou filmes experimentais. Na narrativa clássica, o centro de gravidade é o protagonista. Se o universo da narrativa não se organiza em torno dele, a história, por melhor que seja, não acontece.

Tenho lido roteiros e visto filmes com a intenção de contar muitas histórias simultaneamente. Em geral, não são filmes que podem ser definidos rigorosamente como de multiplot. Os personagens são agrupados em núcleos que interagem. E o resultado, via de regra, produz em mim a impressão de estar vendo um capítulo de telenovela, em vez de um longa-metragem.

“As Melhores Coisas do Mundo” é um filme de protagonista, apesar dos muitos personagens importantes e das muitas histórias que conta. Mas todos os personagens e todas as histórias orbitam elegantemente em torno do protagonista Mano. Daí nasce o efeito de narrativa coerente que faz com que o espectador não consiga tirar os olhos da tela. Ainda que desde o início seja possível intuir mais ou menos qual vai ser o final da história, o espectador quer saber como (e o como é sempre mais importante que o quê em qualquer narrativa que se preze) vamos chegar a esse final.

Como não conheço os livros de Gilberto Dimenstein e Heloísa Prieto, que deram origem ao roteiro, vou fazer ao Luiz Bolognesi algumas perguntas óbvias. Espero que o Aleksei e o Thiago me ajudem. Certamente, as respostas serão melhores que as perguntas.
Aleksei Abib: O Mano do seu roteiro é o mesmo Mano dos livros ou você combinou diferentes personagens para criá-lo?

Luiz Bolognesi: Gilberto Dimenstein diz que o Mano da série de livros escritos por ele e Heloísa Prieto são baseados nos seus filhos. O Mano do filme é inspirado no meu irmão Nando. A força que nasce na fragilidade, o caráter, o altruísmo, a capacidade às vezes trágica de absorver os problemas alheios, o donquixotismo, a maturidade revelada com sutilezas, a busca visceral da expressão artística, tudo vem do meu mano Nando. As sombras, pontos de fuga e falhas da personagem são invencionices que busquei para dar algum relevo à personagem. As peripécias do filme não foram vividas pelo meu irmão, vieram de outros cantos da memória e das entrevistas que fiz com os adolescentes. Deslocar personas afetivas de nossa memória para peripécias inéditas é um jogo bastante frutífero. Faço muito.

Thiago Dottori - Uma das maiores qualidades do roteiro é o respeito pelo protagonista. Você entrou na pele do personagem. Em nenhum momento faz julgamentos sobre as ações dele, mesmo quando são censuráveis. Como foi o seu processo pessoal de identificação com o Mano? Tem algo de autobiografia nele?

LB: Sim. Todos os filmes que escrevo são biográficos em altas doses. Não sei como fazer de outro jeito. Até porque os livros que li, as músicas que ouvi e os filmes que vi estão no âmago da minha biografia.

AA - Você é conhecido por realizar ampla pesquisa antes de escrever seus roteiros, como aconteceu em “Chega de Saudade” (você foi aos bailes para conhecer o universo sobre o qual iria escrever), ou “Terra Vermelha” (você visitou as aldeias no Mato Grosso, para mergulhar no mundo do filme). Como foi a pesquisa de “As Melhores Coisas do Mundo”?

LB: Entrevistei mais de dez grupos de adolescentes e encontrei o filme nesse processo. Uso a abordagem antropológica. Estudei cinco anos de antropologia e aprendi o método de entender a realidade do outro pelo conjunto de signifcados que ele empresta à realidade e não pela projeção interpretativa dos meus valores. Estudar os adolescentes como fiz com a tribo kaiowá em Terra Vermelha foi a chave. Claro que ao descobrir que minhas memórias afetivas tinham valor para eles, me esbaldei.
BM - Eu acho muito difícil para o escritor de cinema criar personagens adolescentes críveis. Afinal, um adolescente é, por definição, um sujeito em formação, que ainda não sabe muito bem o que pensa da vida e do mundo. Essa característica está muito bem desenhada em Mano. A dificuldade é justamente dar sentido às ações (em outras palavras, criar ações genuinamente dramáticas) para um personagem que sequer sabe definir os seus desejos e objetivos. No entanto, Mano não é um protagonista ao sabor do vento, levado pelas ações de outros (como acontece muito no cinema brasileiro). Ele é o tempo todo um personagem ativo. Você se preocupou conscientemente com isso ou simplesmente seguiu sua intuição e mandou bala?

LB: Esse era justamente o ponto fraco da primeira versão do roteiro. Quem primeiro apontou isso foi meu amigo e produtor Caio Gullane. Na primeira versão, Mano era reagente, não era ainda sujeito dramático capaz de enfeitiçar o espectador. Apontada por ele a questão e sublinhada pela diretora Laís Bodanzky, arregacei mangas procurei onde estava a vontade de ser do Mano. Busquei também peripécias diretamente ligadas a essa vontade central, situações propostas e resolvidas por ele, ora com mediação do acaso, porque isso não diminui o efeito, ora como conseqüências de suas atitudes. De fato, o roteiro cresceu.

TD - É muito comum precisar consertar alguma coisa do roteiro na montagem (algumas vezes por culpa do roteirista, outras não). Aconteceu isso em “As Melhores Coisas do Mundo”? Você mudou o roteiro na montagem? Se mudou, você pode contar algo dessa experiência, sem estragar as surpresas do filme?

LB: O montador é o melhor amigo do roteirista. Tive o privilégio de trabalhar com Daniel Rezende. Ele é um montador primordialmente preocupado com a história. Dar ritmo é sua segunda habilidade fundamental. Nesse filme, Daniel entrou no roteiro, fez excelentes observações que incorporei e alterei ainda na fase do papel. Sua brilhante montagem solucionou fragilidades dramatúrgicas, mas não houve nenhuma mudança estrutural durante a montagem.

TD - E depois de ver o filme pronto, deu vontade de mudar alguma coisa no roteiro? Quer dizer: se você pudesse reescrever o filme agora, mudaria alguma coisa?

LB: Para ser bem sincero, não. Só colocaria a cena do Mano brincando de trenzinho que num momento desalmado, Laís e Daniel subtraíram. Talvez eles tenham razão, mas ainda assim colocaria.

AA - Como foi sua relação com a Laís Bodansky no processo de escritura do Roteiro? 

LB: A Laís é tão boa comentarista e colaboradora de roteiros quanto diretora de atores. Ela tem um olhar sutil, vai no detalhe que faz a diferença. E no mergulho final do roteiro, ela submergiu comigo. Quase nos afogamos, como Pedro e Mano na piscina.

BM - Um dos textos fundamentais na minha formação profissional é “A Filosofia da Composição”, do Edgar Allan Poe. É sobre poesia, mas tem muito a ensinar sobre o nosso ofício. Nesse texto, Poe afirma que uma das estrofes de “O Corvo” é a mais importante do poema. Nenhuma outra estrofe anterior àquela poderia ser tem um efeito mais poderoso. Ele diz que se tivesse escrito uma estrofe melhor que a mais importante, não hesitaria em piorá-la, para não comprometer o efeito desejado por ele. Eu acho esse ensinamento importantíssimo para quem escreve filmes. A cena do clímax tem que ser a melhor de todas. O clímax em “As Melhores Coisas do Mundo” funciona muito bem. Você teve que “piorar” alguma cena para conseguir esse efeito? Você faria isso?

LB: Para ser sincero penso a mesma coisa, mas nunca pensei que pode ser mais fácil piorar uma cena para que a escada narrativa e emotiva não decline. Acho que indo pelo método menos inteligente, mudo as cenas de lugar para trazer a nota mais alta para seu ponto justo. Dá uma trabalheira porque às vezes desamarra tudo, por isso preciso de tempo para o roteiro.

BM: Finalmente: qual foi a maior dificuldade que você enfrentou para escrever o filme? Em todos os meus trabalhos, eu sempre revivo, em algum momento, a mesma situação de desespero: deparo-me com alguma problema para o qual não vejo solução e tenho vontade de desistir de escrever o roteiro. Aconteceu algo semelhante com você em “As Melhores Coisas do Mundo”?

LB: Houve duas dificuldades maiores. A primeira você pegou no pulo, tentar transformar um personagem reagente em sujeito dramático de onde emanam situações, implicações dramáticas e subplots. A outra dificuldade foi articular todos os clímax dos diferentes plots. Todas as tramas têm desenvolvimentos entremeados, mas independentes. Distribuir de forma eficiente os seus desenvolvimentos e clímax clareou meu cabelo de vez.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Utopia e Barbárie

Idealizado por Silvio Tendler, "Utopia e Barbárie" é o seu novo documentário em longa-metragem, construído cuidadosamente ao longo de 19 anos de trabalho. O filme nos mostra uma revisão histórica dos principais acontecimentos mundiais após II Guerra Mundial.

O filme instiga a reflexão das utopias e barbáries que foram formadas ao longo desde período. Recortes que estimulam o pensamento de como esses fatos podem servir de exemplo para o nosso presente e futuro.

Lançamento nos cinemas 23 de abril. 

Fique ligado aqui no DesFilmes porque haverá sorteio de kits do longa!




Site Oficial http://www.utopiaebarbarie.com.br/

Twitter http://twitter.com/UtopiaEbarbarie

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Roteiro de Animação

O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ) irá produzir curta-metragem de animação com um minuto de duração, sobre a vida e obra do escritor modernista Mário de Andrade.

A novidade é que você poderá escrever o roteiro e ser for escolhido irá receber um prêmio de R$ 10 mil. Os direitos patrimoniais do argumento serão transferidos a partir do pagamento para o CCJ.

As inscrições estarão abertas entre os dias 22 de abril e 25 de junho, de terça a sexta-feira. Maiores informações no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br

Intercâmbio Cultural no México




Com o objetivo de fomentar o intercâmbio cultural e a formação de redes artísticas reunindo profissionais de diferentes nacionalidades, a Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID), através do Centro Cultural de España e do Fondo Nacional para la Cultura y las Artes (FONCA), estão promovendo o Programa de Residências Artísticas para Criadores da comunidade iberoamericana e do Haiti no México. As inscrições vão 26 de março.

O projeto – de 16 semanas – contemplará as áreas de artes visuais, dança, desenho, letras, meios audiovisuais, música e teatro. Para se candidatar, os interessados devem cumprir as exigências contidas no edital, como apresentar um projeto específico para criação durante a residência, que deverá ser apresentado na Segunda Muestra de Arte Iberoamericano.

Para se inscrever, o candidato deverá preencher – em espanhol – o formulário disponível no site do FONCA , anexá-lo aos documentos necessários e entregar três vias desta documentação na embaixada de seu país de origem ou nas unidades do governo espanhol no exterior, assim como no Centro Cultural da Espanha em São Paulo.



Para mais informações e inscrição, clique aqui!

sábado, 10 de abril de 2010

Mais 88 salas de Cinema no Brasil



O Projeto Cine Mais Cultura, do governo federal, acaba de anunciar por edital o investimento em 88 salas de cinema em 2 estados brasileiros, 42 em Santa Catarina e 46 para Pernambuco (a ser anunciadas oficialmente nesta 2ª feira dia 12). O investimento será em torno de 1,2 milhões de reais, sendo 67 % bancados pelo governo federal e 33% pelo governo estadual.


O Cine Mais Cultura é uma ação do Programa Mais Cultura para promover o acesso da população a obras audiovisuais e apoiar a difusão do cinema nacional. A prioridade é atender localidades rurais e urbanas que não possuem salas comerciais de cinema, localizadas nos Territórios da Cidadania e nas periferias dos centros urbanos.
“Além da concentração dos cinemas comerciais em apenas 8% dos municípios brasileiros, são poucos os filmes nacionais exibidos na TV aberta. Os cines promovem o acesso da população ao cinema e fomentam a exibição de obras audiovisuais produzidas no país”, destaca Silvana Meireles, coordenadora do Programa Mais Cultura e secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura.
As instituições selecionadas participarão de oficinas de capacitação cineclubista com o objetivo de qualificar os participantes para a realização de programação, divulgação e debates das sessões; apoiar a formação dos oficinandos com introdução à história do cinema e linguagem cinematográfica; e informar sobre questões relativas à atividade exibidora, como direitos autorais.
Após o processo de capacitação, os novos cines passarão a integrar uma rede de exibição não comercial de filmes, levando à população obras audiovisuais e incentivando debates em torno das mesmas. Santa Catariana já conta com oito Cines Mais Cultura instalados, totalizando uma rede de 50 salas de exibição no estado. E Pernambuco já conta com 15 Cine Mais Cultura instalados e 26 em processo de implantação, somando 87 salas de projeção gratuitas no estado.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cinema: Quem quer dinheiro?


2010 está sendo um ano atípico para a produção nacional. São muitos filmes sendo lançados, filmes com uma visão mais madura do mercado cinematográfico. Não que isso seja maravilhoso, mas é uma evolução. Filmes esses que levam muitas pessoas ao cinema, veja o caso de Chico Xavier, e muitas outras produções (boas ou péssimas) também parecem que irão de encontro ao público:

 "Quincas Berro d'água", "Nosso Lar", "O Bem Amado", "Segurança Nacional", "Capitães de Areia", "Tropa de Elite 2", "As Melhores Coisas do Mundo", "Desenrola - O Filme", "Sonhos Roubados" e até documentários como "Rita Cadillac- a Lady do Povo". Por outro lado, esse ano também teve "Os famosos e os duendes da morte", que espero que chegue nos cinemas aqui de Juiz de Fora, assim como "Luz Vermelha - A volta do Bandido da Luz Vermelha" e "Teste de Elenco", que são filmes menos visados comercialmente mas com certeza agradarão um público específico e farão do ano de 2010 um ano importante de bons lançamentos.

Agora tem mais um filme que descobri que entra nesse bolo, se chama "400 contra 1" e tem previsão de lançamento em agosto. O trailer está aí, o filme não parece apresentar nada de novo, pelo contrário, usa os mesmo cliclês de violência, drogas, prisão, roubo que já vimos tanto em produções de filmes feitos nesse país, e como mostram as estatísticas também houve uma diminuição no interesse do público em ver filmes com tal temática, em resultado à exploração e saturação notados ao longo dos últimos 10 anos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

E João Moreira Salles disse:


"O documentarista seria o vietcongue do audiovisual (...)" Em entrevista publicada ontem, na Folha.

Se fizermos uma porca comparação com o que Daniel Filho disse esses dias: "Corro atrás do público como quem corre atrás de um prato de comida", só podemos chegar a conclusão de que o Brasil é um país de contrastes.



E o roteiro dessa coisa?

Recentemente vi 3 trabalhos em animação; "Mary e Max", "Como treinar seu dragão" e "O Segredo de Kells".
Os 2 primeiros têm um roteiro ótimo, "Mary e Max" mais do que o filme do Dragão. Já "O Segredo de Kells", uma co-produção brasileira que foi indicada ao Oscar deste ano, tem um roteiro que, às vezes, achei difícil de acompanhar sem ficar me fazendo certas perguntas desnecessárias sobre o que estava acontecendo. A história não fluia facilmente.

Agora mesmo estava assistindo à um curta-metragem nacional chamado "Historietas Assombradas", com um visual próprio muito bonitinho, mas o roteiro... tão sofrido... tímido.

Quando vejo uma animação, ou mesmo um longa ou curta para o público infanto-juvenil, produzido neste país sempre tenho a impressão de que os dubladores tem dificuldade para lerem suas falas por causa do peso impróprio que tem tal linha. Sem contar no excesso de inocência impregnado na produção com a pretensão de querer "passar uma mensagem" explicitamente,  como se animação fosse um produto exclusivo para crianças de 3 anos. Algumas são, sim, mas poucas. Também percebo uma dificuldade na direção das cenas, sempre demonstrando o óbvio.

Quando eu tiver escrito um roteiro para longa de animação vou ligar para o Daniel Filho e pedir para ele produzir, tomara que até lá ele ainda esteja vivo. E eu acho que ele vai estar.

Daniel Filho disse:

“Corro atrás do público como quem corre atrás de um prato de comida”. Em entrevista à Revista Trip de março.

Primeira Exibição





Este mês, o Projeto Primeira Exibição na Cinemateca exibe o documentário Pixo, de João Wainer e Roberto T. Oliveira, sobre o impacto da pichação como fenômeno cultural na cidade de São Paulo, já exibido na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris, e na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próximo ao Metrô Vila Mariana
São Paulo
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)
Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada)
Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.
PROGRAMAÇÃO
08.04 | QUINTA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 PIXO
20h30 PIXO


terça-feira, 6 de abril de 2010

Dercy no Opala

Trecho do filme "Minha Vida não cabe num Opala" que assisti ontem. Este filme foi muito elogiado na época de seu lançamento, ganhou vários prêmios e tal. Eu não curti tanto assim, mas o filme tem os seus méritos, o melhor de tudo foi esta cena com a Dercy Gonçalves, sua última contribuição ao cinema.

Oficina de Documentário por R$120,00!





Oficina de Documentário com Maria Maia
Oficina de Documentário com Maria Maia
Período: 10 de abril a 26 de junho
Horário: Sábados de 14h às 17h  
Carga Horária: 10 aulas com 3 h/a = 30 h/a.
Valor: R$ 120,00 à vista

Inscrições na Secretaria Escolar até o dia 07/ de abril.

Documentação Exigida:
- Cópia da Carteira de Identidade e CPF

- Cópia do Certificado de Conclusão Ensino Médio
- Curriculum Vitae


Mais Informações ligue (21) 2516-3514 ou (21) 2233-0224,
de 2ª a 6ª das 11h às 20h e aos sábados das 10h às 16h.


Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Insolação"



Não sabia da existência deste filme até ler o texto de Eduardo Escorel no blog da Revista Piauí, que copiei e colei na íntegra aqui, confira:


Insolação - quem são as vítimas?


Pretensão sem lastro é das piores coisas que pode haver. No cinema, então, mais ainda do que em outros meios de expressão. Isso, talvez, por que o cinema tem, de nascença, um pé no entretenimento – um de seus encantos e de suas maldições.

Filmes pretensiosos também são responsabilidade dos diretores, mas também dos roteiristas. No caso, dois jovens autores americanos, um teatral, o outro escritor, ambos, segundo consta, premiados e elogiados. A julgar por "Insolação", filme dirigido por Felipe Hirsch e Daniela Thomas, a única conclusão possível é que essas qualificações em nada serviram para evitar o desastre. 

Filmes pretensiosos dão pena dos atores. Muita pena. Alguns conseguem ter presença digna e quase escapam ilesos. Entregam-se aos personagens com empenho, mesmo interpretando seres inexistentes. Há máscaras enrugadas e outras sem vincos que não chegam a naufragar de todo. Mas em conjunto, incluindo em especial os principiantes, soçobram. É maldade dos diretores submeter elenco tão dedicado a tamanho sacrifício. Rígidos, com o olhar no horizonte, recitam palavras sem nexo que não chegam a ser diálogos, falas, ou o que quer que seja.

Filmes pretensiosos desperdiçam o talento da equipe. Profissionais notoriamente talentosos e competentes nada tem a fazer.

Filmes pretensiosos constrangem o espectador. Alguns saem no meio da projeção. Outros, mal contém o riso abafado. Poucos aguentam firme até o fim, por dever de ofício, na esperança de uma reviravolta redentora.

Filmes pretensiosos fazem mal ao cinema e, em particular, ao cinema brasileiro.

Filmes pretensiosos tentam camuflar sua vacuidade investindo na forma. Enquadramentos milimetricamente compostos tentam disfarçar a falta de razão de ser dos planos. O que resulta é uma coleção de cartões postais de um formalismo anacrônico.

Filmes pretensiosos tornam difícil saber quem sofreu insolação. Os espectadores, certamente. Mas antes deles, neste caso, os diretores Felipe Hirsch e Daniela Thomas não terão sido as primeiras vítimas?






Fiquei louco pra ver este filme! hehehe

Rita Cadillac - A Lady do Povo


Não há como não perceber a recente onda de documentários sobre personalidades nacionais, famosas ou não. Parece que o cinema brasileiro encontrou um nicho onde consegue se sair relativamente bem, e o está explorando . Mês passado ví "O homem que engarrafava nuvens", que filme ótimo!

A celebridade da vez é a Rita Cadillac, que todo mundo aqui deve saber quem é. Sua história será contada através de imagens de arquivo e depoimentos inéditos de pessoas que você não sabia que admiravam a Rita. O diretor é Toni Venturi de "Cabra Cega" e "Latitude Zero".

Estréia nesta 6ª feira, dia 09 no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, Recife e Porto Alegre.

O site Rede Brazucah está sorteando pares de ingressos para a estréia, entre lá e confira.

domingo, 4 de abril de 2010

Carlos Manga na Cinemateca Brasileira



Carlos Manga é o grande nome das chanchadas do cinema nos anos 50. Foi num de seus filmes que contracenaram pela primeira vez Oscarito e Grande Otelo, dupla que se tornaria sinônimo de bom cinema popular. Aliás, o próprio Carlos Manga é sinônimo de bom cinema popular com recordes de bilheteria como "O homem do Sputnick", "Nem Sansão Nem Dalila" e "Esse milhão é meu" entre outros. Nos anos 60 Manga deixa o cinema de lado e vai trabalhar na Rede Globo, fazendo novelas e mini-séries.

Neste mês, do dia 06 ao dia 11, a Cinemateca Brasileira exibirá uma retrospectiva do trabalho deste cineasta, incluindo o longa "O Marginal" de 1974, que foge da estética das chanchadas. Além disso haverá uma palestra com o próprio homenageado na 4ª feira, dia 07, que falará sobre sua carreira, seus sucessos, sua visão do cinema e história de bastidores. Completamente imperdível pra que mora em Sampa!




CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próxima ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)
Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada)
Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.
PROGRAMAÇÃO

06.04 | TERÇA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 A DUPLA DO BARULHO
21h00 GAROTAS E SAMBA

07.04 | QUARTA
SALA CINEMATECA BNDES
18h00 ASSIM ERA A ATLÂNTIDA
20h00 PALESTRA COM CARLOS MANGAENTRADA FRANCA

08.04 | QUINTA
SALA CINEMATECA PETROBRAS
19h00 VAMOS COM CALMA
21h00 O HOMEM DO SPUTNIK

09.04 | SEXTA
SALA CINEMATECA PETROBRAS
19h00 ENTRE MULHERES E ESPIÕES
21h00 O MARGINAL

10.04 | SÁBADO
SALA CINEMATECA PETROBRAS
16h00 GAROTAS E SAMBA
19h00 O HOMEM DO SPUTNIK
21h00 A DUPLA DO BARULHO

11.04 | DOMINGO
SALA CINEMATECA PETROBRAS
15h00 VAMOS COM CALMA
17h00 ENTRE MULHERES E ESPIÕES
19h00 O MARGINAL
21h00 ASSIM ERA A ATLÂNTIDA


Caricatura retirada do Blog do Batistão