terça-feira, 28 de junho de 2011

O Fantaspoa está chegando





O Fantaspoa apresentará nada mais nada menos do que 56 longas-metragens em première latino-americana, 13 em première brasileira e quatro em premières mundiais, ajudando a inserir Porto Alegre no mapa de locais sede de eventos cinematográficos importantes no Brasil, e consolidando o festival como maior do gênero na América Latina.

Além das sessões de cinema, o Fantaspoa também promoverá dois cursos: "Expressionismo Alemão e os Primórdios do Horror", ministrado por Carlos Primati e Marcelo Severo - nos dias 02, 03, 09 e 10 de julho -, e "Workshop de Animação em Stop-Motion", ministrado pelo diretor italiano Stefano Bessoni, nos dias 16 e 17 de julho. Ambos os cursos estão com inscrições abertas (R$80,00 cada). Será uma oportunidade ímpar para os interessados se aprofundarem na arte cinematográfica, seja na apreciação ou na produção. Inscrições no e-mail nicolas@fantaspoa.com

Por isso, preparem-se, daqui a somente uma semana começará uma maratona maravilhosa repleta de diversão e oportunidade de conhecer novos filmes e novas visões de mundo (muitas vezes, únicas chances de conhecer obras que nunca mais serão exibidas em cinemas no Brasil). Tudo isso em Porto Alegre, nas salas CineBancários, Cine Santander, Sala Paulo Amorim e Sala Eduardo Hirtz. Toda a programação do Fantaspoa foi disponibilizada essa semana, no site www.fantaspoa.com

domingo, 19 de junho de 2011

e o festival varilux...

Então... a seleção foi totalmente pensada para um público de shopping center de classe média e por ae já dá pra tirar alguma conclusão sobre o que iremos assistir.

 "Potiche" é realmente bom, a personagem da Catherine Deneuve tem um bom arco dramático que deixa de ser uma mulher burguesa e alienada e chega a prefeitura da cidade passando pela empresa da familia. Um filme político e bem humorado, trabalho técnico de guarda roupa e cenários primorosos, lembrando às vezes Jacques Tati, principalmente na linha de montage da fábrica de guarda-chuvas (outra referência ao próprio cinema francês). Aliás, o acabamento técnico de todos os filmes era excelente.

"Vênus Negra" é muito bom também, trata do racismo de uma forma bastante corajosa às vezes, porém maniqueista, os ingleses são mostrados como burros e atrasados, já os franceses são abertos e curiosos (!) mas enfim... nada justifica o filme ter quase 3 horas de duração, mesmo, NADA! As cenas em que ela se exibe numa apresentação tipo "freak show" são repetidas umas 5 vezes ao longo da projeção, sem mudanças reais entre uma cena e outra, chato.

O filme da Audrey Tautou não consegui ficar até o final. Achei ruim demais, mas a galera na sala adorou, depois escutei gente falando que curtiu muito, o público ria bastante mesmo, uma comédia romântica bem shopping center.

"Lobo" foi emocionante até, bem Disney, uma história de amizade entre um jovem rapaz e uma alcatéia de bebês lobos. Se a minha mãe tivesse visto iria adorar.
Fiquei de cara foi com a produção do filme, bem dificil! Imagina filmar naquela friaca dos infernos!?

Não gostei de "Simon Werner Desapareceu", filme sobre um escândalo numa escola de 2° grau. Visivelmente inspirando em "Elefante" do Gus Van Sant pelo motivo desdramatizado e também em "Cachè" do Haneke, pelo mistério que ronda a narrativa e parece jamais se resolver. Mas ficou só inspirado mesmo, pois o resultado ficou fraco, em nenhum momento se sente q estamos numa escola de 2° grau. Nunca vi adolescente tão mal representados no cinema, SUPER SEM GRAÇA, TODOS!

"Copacabana" é um pouco estranho, roteiro fraco, não dá a menor voltade de saber como vai terminar, final nada a ver também. Tem muita música brasileira, isso até é legal, a personagem principal adora o Brasil, é o tipo de mãe doida hipponga e o sonho dela é vir pra cá.  Mas tem que mostrar a filha que é capaz de conseguir um emprego fixo e ser uma pessoa respeitavel isso porque a filha diz que vai ser casar mas não quer que a mãe vá ao casamento pq é pobre e não teria condições para ajudar na realização da festa, então a filha inventou uma história de que a mãe está no Brasil, assim não precisaria ajudar nos custos da festa, ms também não poderia ir na festa. UMA CUZONA DE FILHA! Nunca vi uma filha tão cuzona no cinema, tão careta, retrógrada, triste. No final a filha se casa, ou seja, se anula na vida. enquanto a mãe vai pro Brasil com um grupo de dançarinos.

Vou ver agora "Um Gato de Paris", que perdi no cinema mas baixei agora, parece q é uma animação para adultos. Só não achei legendas.

Tenho certeza que foi um grande sucesso esse Festival, todas as sessões estavam quase lotadas e as sessões que aconteciam mais tarde sempre lotavam! E o público reagia bem aos filmes.

Outro ponto positivo: a projeção digital do Unibanco Arteplex de Curitiba é ótima. A melhor projeção digital que conheci até agora, quase zero de pixalização e boa calibragem do brilho.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

caso interesse alguém saber o que eu penso agora sobre "Estrada para Ythaca"...


Acabei de assistir "Estrada para Ythaca" e não achei ruim! Curti de verdade. Fiquei chateado em alguns momentos e até fechei os olhos com um pouco de sono, mas consegui captar a mensagem dos caras, é um filme que se abre para todos os lados, e isso é legal. Como falou uma amiga minha "bem Sganzerla."

Acho ruim fazer essa comparação com o Sganzerla, mas com certeza é muito influenciado por ele. O que não gostei é que não deixa de ser um filme intelectual destinado a um público de acadêmicos e pessoas q trabalham na área de audiovisual, ou de arte intelectual em geral, qualquer outra pessoa fora dessa esfera não irá absorver absolutamente nada.

O que pra mim é um erro, o mesmo erro cometido pelo cinema novo e até mesmo pela galera do cinema marginal, queriam fazer uma arte autêntica brasileira para o brasileiros mas que jamais tocasse o povo brasileiro, dai é foda!

Mas eu tava pensando agora... os caras não tem essa pretensão de fazer um cinema autenticamente BRASILEIRO para o POVO BRASILEIRO, arte SULAMERICANA TERCEIROMUNDISTA. A proposta dos caras é ser realmente intimista, sensível. o homem sensivel do século XXI, o homem que beija o amigo e que é apaixonado pelo amigo ou pelos amigos, pela cachaça, pelo pênis. Então tá tudo certo, não tem problema...