
quarta-feira, 31 de março de 2010
Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2010

O MERCADO CINEMATOGRÁFICO BRASILEIRO - ENGRENAGENS E MECANISMOS DE INSERÇÃO
Em São Paulo
O curso será divido em 05 aulas expositivas que irão proporcionar uma visão completa e atual do mercado cinematográfico brasileiro. A intenção é fazer com que o aluno compreenda os mecanismos de funcionamento e as engrenagens que movimentam o nosso mercado, entendo as exigências, as demandas, os pré-requisitos, os números, além de conhecer o trabalho e o perfil dos principais profissionais e produtoras do país. O curso pretende orientar os alunos para o possível ingresso no mercado de trabalho ou simplesmente proporcionar a eles o conhecimento dos seus mecanismos de realização e funcionamento.
Abaixo, os tópicos a serem explorados nas aulas do curso:
1. Introdução ao Mercado Cinematográfico Brasileiro: ciclo das cadeias.
2. Como nascem os projetos e como formatar um projeto de longa-metragem.
3. Departamentos cinematográficos: quais as atribuições e responsabilidades de cada profissional envolvido no processo de realização de um filme.
4. Retrato da produção cinematográfica brasileira na atualidade.
5. O que é preciso para se inserir no Mercado Cinematográfico (ou como se inserir no mercado cinematográfico brasileiro).
Público alvo: interessados em produção cinematográfica.
05 encontros de duas horas.
26, 28 e 29/abril e 04 e 05/maio
das 20h às 22h
valor R$500 ou 2X R$250,00
terça-feira, 30 de março de 2010
Técnicas de Assistência de Direção

A partir de 6 de abril
Terças-feiras das 19h30 às 22h
Carga horária: 4 aulas
Custo: R$350 com opção de parcelamento em 2x (10% de desconto a vista)
Aceita-se cartão de crédito VISA ou VISA ELETRON
Local: Grupo Estação - Rua Voluntários da Pátria, 53
Botafogo, Rio de Janeiro
domingo, 28 de março de 2010
PROMOÇÃO "QUINCAS BERRO d'ÁGUA"
"Mangue Negro" agora em DVD
Site Oficial
sexta-feira, 26 de março de 2010
"Sonhos Roubados" Novo filme de Sandra Werneck

O filme conta a história de 3 adolescentes moradoras de uma comunidade do Rio de Janeiro. Jéssica, Sabrina e Daiane sonham como qualquer outra jovem do mundo. Eventualmente se prostituem para sobreviver e satisfazer seus desejos de consumo. No entanto, mesmo nesse quadro de absoluta incerteza e total falta de horizontes, elas teimam em amar, se divertir e sonhar com um futuro melhor.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Inscrições abertas para o FAM 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010
"Segurança Nacional" estréia em maio



terça-feira, 16 de março de 2010
Teve Brasil no Oscar 2010

Atenção Roteiristas!

segunda-feira, 15 de março de 2010
sábado, 13 de março de 2010
FantasPoa 2010 pode ser o último!

Prezados,
Daqui a quatro meses estará ocorrendo o VI Fantaspoa – Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre. Em virtude disso, estamos enviando o seguinte e-mail para tratar de três assuntos: (1) a submissão de curtas-metragens para seleção; (2) a programação do festival de 2010; e (3) a continuidade do festival após o ano de 2010.
(1) Inscrições Abertas para curtas-metragens:
O Fantaspoa está com inscrições abertas para a mostra competitiva de curtas-metragens. As inscrições vão até o dia 15 de abril. Podem ser submetidos filmes realizados após 2006 e dos gêneros fantasia, ficção-científica, horror e suspense. Para maiores informações, entre em contato pelo e-mailfantaspoa@fantaspoa.com
(2) A Programação do Festival de 2010:
Aqueles que acompanham o evento se surpreenderão com a programação que iremos apresentar em 2010. A Competição Internacional contará com uma série de títulos de grande importância que vem marcando presença em alguns dos mais importantes festivais de cinema do mundo (de gênero fantástico ou não). Uma maior diversidade de gêneros estará presente, assim como de países. As mostras paralelas serão bem variadas e o que podemos adiantar é a presença do renomado diretor italiano Luigi Cozzi. Entre os dias 06 e 09 de julho, ele fará uma série de palestras. Cozzi dirigiu mais de 15 longas-metragens (dentre eles, “Starcrash”, “Alien Contamination” e “Paganini Horror”) e trabalhou com atores como David Hasselhoff, Caroline Munro, Lou Ferrigno, Klaus Kinski e Donald Pleasence. Também escreveu roteiros de filmes realizados por colegas talentosos, como Dario Argento, Lamberto Bava e Joe D’Amato. Dentre uma série de outras mostras, o VI Fantaspoa exibirá uma mostra retrospectiva do trabalho de Luigi, contendo 12 de suas obras.
E o ponto principal:
(3) A Continuidade do Festival após o Ano de 2010:
Inicialmente queremos esclarecer que sabemos que algumas pessoas não apreciam o nosso festival, seja pelos filmes que exibimos, ou pelo fato de exibirmos a maioria dos filmes em DVD e em Blu-Ray. Somente queríamos deixá-los a par do fato que recentemente fizemos um levantamento de custos para podermos trazer filmes em 35 MM esse ano. Como nenhum dos filmes que exibimos possui cópias no Brasil, a média de frete (ida e volta) da Europa e EUA, é de aproximadamente R$10.000,00 POR filme. Além disso, existe a cobrança de taxas para exibição de uma série de filmes. Por exemplo, poderíamos exibir um dos filmes vencedores do festival de Cannes esse ano e, além do valor do frete, teríamos que pagar uma fee (taxa de exibição) de R$2.500,00.
Já lemos em diversos sites e blogs reclamações sobre a nossa programação e que deveríamos trazer uma série de filmes, dentre os quais podemos citar somente alguns: Martyrs, The Children, Frontier(s), Dead Snow, ZMD e Must Love Death. O que as pessoas não sabem é que nós TENTAMOS trazer cada um desses filmes e todos se enquadram no caso acima. Ou seja, além de uma fee exorbitante, a obrigatoriedade da exibição em película.
Para aqueles que conhecem mais de perto o nosso evento sabem que realizamos o mesmo com auto-investimento e que o nosso orçamento total gira em torno de R$25.000,00 e que, portanto, pagar fees de R$2.500,00 ou trazer filmes em outras mídias se tornam inviável. Além disso, as salas que utilizamos não possuem projetores de HDCam nem Digibeta. Além do valor que investimos a fundo perdido, temos todo o trabalho de produzir o festival, selecionar e legendar cada um dos filmes. Nós não temos nenhum apoiador/patrocinador, público ou privado que cubra os gastos do festival e os mesmos se tornaram altos demais para continuarmos com o projeto.
Estamos tentando aprimorar o nosso evento, apesar da dificuldade de receber qualquer apoio e patrocínio realmente significativo. Pelo segundo ano estamos inscritos na Lei Rouanet e apesar de contatarmos uma série de empresas, não estamos conseguindo nenhum tipo de apoio.
Se por acaso você conhece alguma empresa que possa nos apoiar, peço que nos passem o contato do responsável, para que possamos enviar o nosso projeto para eles. Um evento independente, que em uma cidade como Porto Alegre, nas salas do centro, leva 6.000 espectadores ao cinema ao longo de somente dezoito dias não deveria simplesmente deixar de existir. E infelizmente isso acontecerá caso a situação não mude em 2010.
Nós realmente precisamos de apoio urgente para que o festival não seja cancelado, e o apoio necessário é financeiro. Você pode ajudar publicando essa mensagem em seu site, blog ou enviando para os amigos.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Pequenas (Grandes) Histórias
Em reapresentação em Juiz de Fora, o filme “Pequenas Histórias” é uma grande surpresa. Filmes infantis são, geralmente, impregnados de lições moralizantes sobre o que é certo e errado, o bom e o mal, etc. Ideais cultivados por uma cultura ocidental cristã e machista. E quando se fala de cinema infantil nacional aí é que a coisa piora, pois esses ideais parecem ser elevados a 10ª potência, incluindo nisso muita idiotice. Ver filmes da Xuxa, por exemplo. Além de que esses filmes são praticamente impossíveis de serem assistidos por qualquer pessoa inteligente com mais de 8 anos de idade.
Noutro conto a igreja católica é mostrada como um lugar assombroso e frio, a cultura cristã como algo a qual devemos ter medo a ponto de nos traumatizarmos, no final deste conto o pequeno garoto protagonista foge correndo da igreja para nunca mais voltar. Não vejo melhor lição de vida. Essa história, aliás, se passa num vilarejo do interior de Minas Gerais, um lugar que possui uma áurea de indubitável inocência. Tudo para fazer despistar o seu conteúdo quase herege!
sexta-feira, 5 de março de 2010
"O homem que engarrafava nuvens"

Você sabe quem foi Humberto Teixeira? Não? Bem, nem eu sabia, mas com o milagre do cinema em menos de 2 horas de projeção fiquei sabendo muito sobre o homem por detrás das maiores canções interpretadas por Luiz Gonzaga, incluindo “Asa Branca”.
Num primeiro momento pode parecer desinteressante saber quem foi esse homem, mas o documentário nos apresenta a grande importância que Humberto teve como artista e fomentador da cultura brasileira e mais, declarações reveladores sobre o ser humano machista, hipócrita e prepotente. E são justamente esses os melhores momentos do longa, as declarações de lembranças machucadas da ex-mulher e da sua filha, Denise Dumonnt, que abre e fecha o documentário falando da vontade de querer conhecer melhor o pai. No começo do filme ela confessa ter essa vontade, e que espera ao longo do projeto saber quem foi esse homem que passou a vida inteira ao seu lado mas que para ela foi um grande mistério. No final do longa ela relata um acontecimento raro; pouco antes da morte de seu pai, onde a vida cedeu à Humberto um instante de tolerância dando a possibilidade de se conhecerem melhor; mas foi mesmo um único instante, pois ele morreria no dia seguinte deixando apenas a certeza de sua grande vontade; conhecer melhor sua filha.
Difícil a pessoa que realmente conhece o pai e a mãe que têm, assim como os pais nunca conhecem seus filhos. As máscaras simbólicas carregadas por essas entidades nos impedem de saber verdadeiramente quem são esses seres que nos geraram e nos criaram. Mas sabemos que jamais conheceremos alguém em todas as suas faces, pois ainda não nos conhecemos plenamente para poder depois conhecer o próximo, mais difícil ainda se esse “próximo” for tão próximo a ponto de nos confundirmos.
Humberto foi para algumas pessoas O máximo, um grande herói da nossa cultura que trouxe para os grandes centros do Brasil e do mundo o encanto e a tristeza da cultura nordestina, já para sua ex-mulher, mãe de Denise, Humberto acabou por se tornar um pesadelo, o pior aniquilador de seus talentos. O documentário desmistifica o herói revelando o homem. Como artista ele foi insuperável e como ser humano foi digno das faltas mais comuns de sua época. O filme é sobre o homem.
E por apelo estilístico, o filme faz mais do que um mero documentário de depoimentos factuais/pessoais, ele é também uma peça musical, um documentário musical onde grandes nomes da música popular nacional interpretam canções compostas por Humberto, inclusive uma ótima tradução de um baião (ritmo disseminado por Humberto e Gonzaga) cantado em japonês por Miro Hatori e também “Asa Branca” cantada em inglês e sem perder o sentido. Lírio Ferreira, o diretor do longa, ainda insere imagens antigas do Rio de Janeiro e de cidades do nordeste para emoldurar a época de qual estava falando, essas imagens são a cereja do bolo do filme que somando a fórmula depoimentos + canções + imagens antigas se torna um lindo registro de nossa forte cultura popular que hoje parece tão renegada à guetos.
Mas agora vou falar de outra coisa que não é sobre o filme em si e espero não desapontar ninguém, é que nesse filme me aconteceu algo inusitado, uma verdadeira experiência cinematográfica, uma revelação tão ululantemente óbvio (como diria Nelson Rodrigues) mas que até então eu ainda não tinha tido consciência plena. É que descobri que quando estamos dentro de uma sala de cinema, estamos na verdade em uma outra esfera astral.
Explico, quando a sessão terminou e o lanterninha abriu a porta da sala de projeção aconteceu algo, esta porta abriu diretamente para a praça de alimentação do shopping onde ficam os cinemas, não haviam corredores que separassem a sala escura da praça de alimentação com suas mesinhas, cadeiras, luz claríssima e restaurantes fast-food, e olhando de dentro do cinema senti que estávamos (eu e todas as outras pessoas que tinham visto o filme) à parte daquele mundo que o shopping faz parte, como se estivesse num endereço físico completamente diferente e que aquela porta na verdade fosse um portal dimensional, da mesma forma que em “A Caverna do Dragão” quando os personagens estavam ainda no mundo do Vingador e podiam ver, através de um portal mágico, o parque de diversões de onde saíram na Terra.
Talvez fosse o torpor que nos encontramos quando terminamos de ver um filme, mas essa sensação de outra dimensão era pura e real. Logo mais tarde naquele mesmo dia eu tive a mesma sensação, só que ao inverso, agora era eu quem estava sentado na praça de alimentação observando as pessoas que saiam da sessão. A sala parcialmente escura parecia um universo paralelo.
Isso deve acontecer porquê o Cinema é maior que o filme, assim como o homem Humberto Teixeira parece mais interessante em suas falhas do que o herói absoluto. Mais velho que o filme, o Cinema como arte de projeção do mundo interior para o mundo exterior já existia há milhares de anos antes da invenção do cinematógrafo dos irmãos Lumière e por isso ele carrega uma carga pesada de emoções acumuladas através dos séculos. Isso faz com que mesmo um filme documentário sobre uma pessoa real, com histórias e depoimentos reais, nos faça viajar longe na história. mas isso é culpa da sala de Cinema, não do filme, pois o mesmo filme visto numa sala em casa não tem o mesmo poder. Até então eu pensava que só as obras ficcionais detinham este potencial, mas agora sei que até o mais verossímil dos documentários, quando exibidos na sala escura, são capazes desse efeito mágico.