sábado, 25 de dezembro de 2010

Porque é tão ruim para mim ficar em Joinville

Voltei à Joinville fazem 2 semanas, estou morando na casa de meus pais.

Deixei Juiz de Fora – MG, pois em janeiro irei morar em Curitiba para estudar.

Estou como que de férias em Joinville.

Estando de volta fisicamente, voltou em mim uma sensação de angústia que não sentia há precisamente 1 ano, quando deixei esta cidade. Uma sensação específica que sinto quanto estou nesta região específica do país.

É um mal-estar generalizado do meu corpo, começando pelo coração, como se ele se apertasse, como se houvesse alguma coisa de muito errado.
Joinville é a minha zona de conforto, ou seja, meu buraco da estagnação.

Tenho 2 projetos importantes para desenvolver, e tenho tempo de sobra para isso, mas fico adiando, adiando sempre.

Veja, posso confirmar isso que está acontentecendo comigo pelo que Nietzsche escreveu em "Ecce Homo" no capítulo nada modesto intitulado "Porque sou tão inteligente":

" 2.  Aparentadas à questão da nutrição são as questões relativas ao lugar e ao clima. Ninguém é livre para viver em qualquer lugar; e quem tem grandes tarefas a realizar, que desafiam toda a sua força, inclusive tem um campo de escolha bem restrito nesse aspecto. A influência climática sobre o metabolismo, sua redução e seu aumento, vai tão longe que uma escolha errada no que diz respeito ao lugar e ao clima pode não apenas alienar alguém da sua tarefa, como também chegar ao ponto de evitar que ele chegue até ela: e então ele jamais fica cara a cara com ela.

(...)

Paris, a Provença, Florença, Jerusalém, Atenas – oras, esses nomes provam alguma coisa: o gênio é condicionado pelo ar seco, pelo céu límpido... quer dizer, por um metabolismo acentuado, pela possibilidade de ajuntar sempre de novo quantidades grandes, e até mesmo monstruosas, de força.

(...)

Agora que aprendi a conhecer os efeitos de ordem climática e metereológica depois de uma longa experiência comigo mesmo, e sou capaz de lê-los numa instrumento bastante preciso e confiável, que me faz sentir fisiologicamente a mudança nos graus de humidade numa simples viagem de Turim a Milão, penso com horror no fato sinistro de que passei a minha vida inteira, excetuados os últimos dez anos – os anos mais perigosos -, sempre em lugares errados, francamente proibidos a minha situação pessoal. Naumburg, Schulpfora, e a Turíngia inteira, Leipzig, Basiléia – todos eles são lugares pouco felizes para a minha constiuição fisiológica.”


Bem vindo à minha Joinville!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aberta OFICIALMENTE a temporada de despedidas 2010

Fato: escrever um roteiro para longa metragem se tornou o CARMA da minha vida. 

Não vejo como isso pode ficar bom... tenho boas idéias, mas penso que no final o resultado será uma bomba antiquada e cafona. Isso deve fazer parte do processo.

Mas PRECISO escreve-lo. Ok!

Deixei ele de lado na semana passada para me dedicar a um curta metragem, está ficando legal, ja tenho todo o argumento, agora só falta conversar com o diretor, ver as mudanças que ele quer se sejam feitas antes que eu parta para escrever o roteiro desse curta.

Então, por lógica, nesta semana poderia me dedicar novamente a escrever meu longa.

MAS NÃO POSSO!

Estou de mudança, moro em Juiz de Fora-MG e estou indo estudar cinema em Curitiba.

Está oficialmente aberta a temporada de DESPEDIDAS.

Estou dentro de uma onda sentimental sem fim.

Comprei um maço de cigarros no domingo, não tenho o hábito de fumar em casa durante a semana, mas não estou conseguindo evitar!

Não sei QUANDO verei essas pessoas pelas quais estou chorando.


Pra entrar ainda mais na fossa, estou escutando a trilha sonora do filme "História Real" do Lynck e a trilha do documentário Islandês "Draumanlandid"

Pra ajudar um pouco, assisti "Esqueceram de Mim" hoje de manhã, quando estou pra baixo esse filme sempre me levanta, boas lembranças. Mas o que quero agora é sofrer, bastante, mas sem problemas.