Recentemente vi 3 trabalhos em animação; "Mary e Max", "Como treinar seu dragão" e "O Segredo de Kells".
Os 2 primeiros têm um roteiro ótimo, "Mary e Max" mais do que o filme do Dragão. Já "O Segredo de Kells", uma co-produção brasileira que foi indicada ao Oscar deste ano, tem um roteiro que, às vezes, achei difícil de acompanhar sem ficar me fazendo certas perguntas desnecessárias sobre o que estava acontecendo. A história não fluia facilmente.
Agora mesmo estava assistindo à um curta-metragem nacional chamado "Historietas Assombradas", com um visual próprio muito bonitinho, mas o roteiro... tão sofrido... tímido.
Quando vejo uma animação, ou mesmo um longa ou curta para o público infanto-juvenil, produzido neste país sempre tenho a impressão de que os dubladores tem dificuldade para lerem suas falas por causa do peso impróprio que tem tal linha. Sem contar no excesso de inocência impregnado na produção com a pretensão de querer "passar uma mensagem" explicitamente, como se animação fosse um produto exclusivo para crianças de 3 anos. Algumas são, sim, mas poucas. Também percebo uma dificuldade na direção das cenas, sempre demonstrando o óbvio.
Quando eu tiver escrito um roteiro para longa de animação vou ligar para o Daniel Filho e pedir para ele produzir, tomara que até lá ele ainda esteja vivo. E eu acho que ele vai estar.
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