quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Porquê este machismo fetichista?




Em "O Ritual dos Sádicos/O Despertar da Besta" depois de quase 1 hora de cinema moderno em preto e branco inicia-se uma sequência alucinógena hiper colorida e beirando o surreal, onde 4 usuários habituais de drogas passam por um experimento de um médico que injeta Lsd neles. Na sala onde os personagens se encontram há a frente deles este poster:


A partir de então, começam a viajar no ácido, cada um na sua mente com suas taras e medos, e o Zé está na cabeça de todos. O que mais me chocou foi que durante a sucessão das cenas há uma enxurrada de frases preconceituosas que diminuem a mulher perante o homem, na verdade esse fato acontece durante todo o filme, mas aqui é mais intenso, veja:

"Dos primórdios até o fim do século o homem é absoluto, é o senhor da vida, e a mulher, seu intrumento. Não há reprovação para os seus atos. É a escrava submissa perante o poderio dos homens. E assim será, através dos milênios. E assim será, até o final do tudo!"

(...)

Um personagem diz: "Ele está certo, é a força do homem e a submissão da mulher."

"É o homem que a humanidade procura, desde os primórdios. É a recompensa do sofrer, da incompreensão terrena."

Zé do Caixão diz: "A mulher é e será através da barreira do tempo, das dimensões do universo, o ser inatingível da glória repugnante, que exala da bestialidade dos homens!"

Uma personagem fala: "Ele é o príncipe das trevas!"









Mas talvez essa forma hiperbólica de pisar sobre a mulher nada mais seja do que um tapa na cara, para fazê-las acordarem e lutarem contra o sistema machista opressor e abusador tão forte nos anos 60 e até hoje.




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